Depois da queda da III dinastia de Ur, os Amorritas estabeleceram-se na Baixa Mesopotâmia. Constituem-se ai dois reinos: Isin e Larsa são as suas capitais. Um curioso documento do poder real de Isin é o Código de Lipitishtar, redigido em sumeriano.
Um pouco mais ao norte, encontravam-se os reinos de Mari e de Ashnunnak. Todos esses Estados se guerreavam entre si para a hegemonia na Baixa e na Média Mesopotâmia. Mas nenhum conseguiu realizar os seus projectos: uma grande parte do país foi unificada pelos soberanos do pequeno reino amorrita da Babilónia, fundado no principio do século XIX antes da nossa era.
Os reis da Babilónia aproveitaram-se da posição vantajosa desta cidade, construída no ponto de confluência do Tigre e do Eufrates, no cruzamento das rotas comerciais do Médio Oriente; além disso, a situação política favorecia os monarcas babilônicos: Mari e Ashnunnak estavam enfraquecidas pela luta contra Assur, cujo poder aumentava, enquanto que Larsa devia conter a incursão dos Elamitas, até que, por sua vez, uma das suas dinastias lá se instaurasse (fim do século XIX antes da nossa era).
O período de existência do antigo império babiiónico (1894-1595 antes da nossa era) é um capítulo notável na história da Mesopotámia. Durante esses trezentos anos a sua parte meridional atinge um elevado grau de evolução económica e de influência política.
A nacionalidade babilônica aí se constituiu, assim como a civilização babilónica, que absorveu tudo o que anteriormente havia sido realizado na Mesopotâmia. Pequena cidade sem importância sob os primeiros reis amorritas, Babilónia tornou-se um grande centro comercial, político e cultural, que conservou o seu papel dirigente até à época helenística, apesar das catástrofes e das adversidades do seu destino.
A unificação da Mesopotâmia, sob o poder da Babilónia, efectuou-se ao longo de uma luta de cem anos, que só terminou com o sexto rei da dinastia, o célebre Hammurabi. A preocupação essencial dos primeiros reis de Babilónia foi combater os outros principelhos amorritas que se haviam apoderado de vários grandes centros de Akkad. Hamurábi terminou a unificação cm meados do século XVIII antes da nossa era.
Tinha começado por anexar as cidades sumerianas de Ltruk e Isin. Mas o Sul da Suméria continuava sob a dominação do elamita Rimsin. No Norte, o poder da Babilónia era instável, embora Hmurabi tivesse como aliado o rei de Mari, Zimrilim. As circunstâncias nao eram das mais propícias para os Babilónicos, Enfim, após haver vencido o reino de Ashnunnak e fortificado as fronteiras setentrionais no trigésimo ano do seu reinado, Harmurábi venceu Rimsin no ano seguinte e unificou todo o Sul.
Com receio de que a Babilónia se tornasse muito poderosa, Zimrilim não lhe prestou mais auxilio. Então Hamurábi lançou uma campanha contra ele, tomou e saqueou a cidade de Mari. Depois continuou o seu avanço pelo Norte e submeteu o pequeno reino de Assur.
O império habilónico assim constituído foi um despotismo centralizado. A sua unidade e a sua coesão eram devidas a vários factores. A nobreza sumeriana e akkadiana, já muito enfraquecida sob os reis de Ur, ficava aniquilada pelos conquistadores amorritas e elamitas.
Os reis da Babilónia já não tinham relações senão com as tribos amorritas e com as comunidades urbanas e agrícolas da Suméria e de Akkad, fáceis de governar no seio de regiões ou distritos administrativos por funcionários reais. Akkad, ainda a principal região agrícola no tempo de Sargão, sofreu muito menos invasões do que o Sul sumeriano.
A invasão amorrita era uma infiltração gradual. A população de Akkad era aparentada com os invasores, falavam uma língua que eles compreendiam, adoravam as mesmas divindades, tinham costumes similares.
A Suméria, devastada e despovoada, encontrou-se na inteira dependência económica de Akkad. Os reis da Babilónia beneficiaram da experiência administrativa e política da III dinastia de Ur e dos reis de Isin e de Larsa. Isso ressalta com particular nitidez no que respeita ao direito.
O código de Hammurabi reproduz quase integralmente certos artigos de leis de Lipitishtar; os títulos de compra e venda e os créditos conservam fórmulas e termos sumerianos. Todavia, as leis de lzlammurabi reflectem novas instituições. Uma outra ideologia se criou para justificar o Estado despótico. Um culto novo se estabeleceu em todo o império: o culto de Marduk, deus supremo. Marduk foi outrora o deus da Babilónia.
Com o concurso dos seus sacerdotes, criaram-se novos mitos a tal respeito, aos quais se juntaram velhas lendas sumerianas que ainda restavam. Foi assim que Marduk se tornou o deus supremo.
Um pouco mais ao norte, encontravam-se os reinos de Mari e de Ashnunnak. Todos esses Estados se guerreavam entre si para a hegemonia na Baixa e na Média Mesopotâmia. Mas nenhum conseguiu realizar os seus projectos: uma grande parte do país foi unificada pelos soberanos do pequeno reino amorrita da Babilónia, fundado no principio do século XIX antes da nossa era.
Os reis da Babilónia aproveitaram-se da posição vantajosa desta cidade, construída no ponto de confluência do Tigre e do Eufrates, no cruzamento das rotas comerciais do Médio Oriente; além disso, a situação política favorecia os monarcas babilônicos: Mari e Ashnunnak estavam enfraquecidas pela luta contra Assur, cujo poder aumentava, enquanto que Larsa devia conter a incursão dos Elamitas, até que, por sua vez, uma das suas dinastias lá se instaurasse (fim do século XIX antes da nossa era).
O período de existência do antigo império babiiónico (1894-1595 antes da nossa era) é um capítulo notável na história da Mesopotámia. Durante esses trezentos anos a sua parte meridional atinge um elevado grau de evolução económica e de influência política.
A nacionalidade babilônica aí se constituiu, assim como a civilização babilónica, que absorveu tudo o que anteriormente havia sido realizado na Mesopotâmia. Pequena cidade sem importância sob os primeiros reis amorritas, Babilónia tornou-se um grande centro comercial, político e cultural, que conservou o seu papel dirigente até à época helenística, apesar das catástrofes e das adversidades do seu destino.
A unificação da Mesopotâmia, sob o poder da Babilónia, efectuou-se ao longo de uma luta de cem anos, que só terminou com o sexto rei da dinastia, o célebre Hammurabi. A preocupação essencial dos primeiros reis de Babilónia foi combater os outros principelhos amorritas que se haviam apoderado de vários grandes centros de Akkad. Hamurábi terminou a unificação cm meados do século XVIII antes da nossa era.
Tinha começado por anexar as cidades sumerianas de Ltruk e Isin. Mas o Sul da Suméria continuava sob a dominação do elamita Rimsin. No Norte, o poder da Babilónia era instável, embora Hmurabi tivesse como aliado o rei de Mari, Zimrilim. As circunstâncias nao eram das mais propícias para os Babilónicos, Enfim, após haver vencido o reino de Ashnunnak e fortificado as fronteiras setentrionais no trigésimo ano do seu reinado, Harmurábi venceu Rimsin no ano seguinte e unificou todo o Sul.
Com receio de que a Babilónia se tornasse muito poderosa, Zimrilim não lhe prestou mais auxilio. Então Hamurábi lançou uma campanha contra ele, tomou e saqueou a cidade de Mari. Depois continuou o seu avanço pelo Norte e submeteu o pequeno reino de Assur.
O império habilónico assim constituído foi um despotismo centralizado. A sua unidade e a sua coesão eram devidas a vários factores. A nobreza sumeriana e akkadiana, já muito enfraquecida sob os reis de Ur, ficava aniquilada pelos conquistadores amorritas e elamitas.
Os reis da Babilónia já não tinham relações senão com as tribos amorritas e com as comunidades urbanas e agrícolas da Suméria e de Akkad, fáceis de governar no seio de regiões ou distritos administrativos por funcionários reais. Akkad, ainda a principal região agrícola no tempo de Sargão, sofreu muito menos invasões do que o Sul sumeriano.
A invasão amorrita era uma infiltração gradual. A população de Akkad era aparentada com os invasores, falavam uma língua que eles compreendiam, adoravam as mesmas divindades, tinham costumes similares.
A Suméria, devastada e despovoada, encontrou-se na inteira dependência económica de Akkad. Os reis da Babilónia beneficiaram da experiência administrativa e política da III dinastia de Ur e dos reis de Isin e de Larsa. Isso ressalta com particular nitidez no que respeita ao direito.
O código de Hammurabi reproduz quase integralmente certos artigos de leis de Lipitishtar; os títulos de compra e venda e os créditos conservam fórmulas e termos sumerianos. Todavia, as leis de lzlammurabi reflectem novas instituições. Uma outra ideologia se criou para justificar o Estado despótico. Um culto novo se estabeleceu em todo o império: o culto de Marduk, deus supremo. Marduk foi outrora o deus da Babilónia.
Com o concurso dos seus sacerdotes, criaram-se novos mitos a tal respeito, aos quais se juntaram velhas lendas sumerianas que ainda restavam. Foi assim que Marduk se tornou o deus supremo.
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